domingo, 16 de agosto de 2009

ROMANTISMO ARTIGO EM EXTINÇÃO

ROMANTISMO ARTIGO EM EXTINÇÃO
Marcial Salaverry

Atualmente, o romantismo realmente está em fase de extinção, apesar de saber-se que, na teoria, o romantismo é a melhor maneira de se viver um amor, e deveria sempre fazer parte da vida de uma parceria, para que possa assim conseguir com que o amor seja a cada dia renovado.

Na realidade, nem sempre é o que acontece, pois, por incrível que pareça, uma coisa que muitas vezes determina o fim do clima romântico entre um casal, é o casamento, mormente quando o casal se deixa levar pela rotina da vida em comum.

Assim, o que poderia e deveria aumentar o clima romântico entre o casal, acaba sendo na verdade o responsável pelo seu desaparecimento. Pode parecer ilógico, mas é o que ocorre.

Analisando por partes, verificamos que quando os adversários, digo, os parceiros se conhecem, existe aquele clima de sedução, quando ambos querem conquistar-se mutuamente, então capricham no visual, sempre bem arrumados, perfumados, procurando saber do que a parceria gosta, e nessa mútua tentativa, haja clima de sedução.

Quando a conquista está feita, e a caça já está na jaula (ou na coleira), vem um relaxamento natural. Ela acha que já não precisa mais se enfeitar tanto, caprichar no visual, e muitas vezes esquece até aquele perfume francês que ele tanto gostava de cheirar no cangote.

Por sua vez, ele já acha que não precisa mais levar flores, e nem aquele presentinho de surpresa, pois agora nada disso é necessário, e deixam de lado todas as pequenas atenção de antes, pois ela já está conquistada, e agora é só vai da valsa, e isso, sem esquecer do chopinho com os amigos, e que raiva ela tem disso, e ela retribui, não se esquecendo do bingo com as amigas, e a coisa vai coisa vai ficando chata, pois começam a se ver cada vez menos, e essas “ausências” podem determinar o fim daquela intimidade gostosa que havia no começo.

Mais tarde, então, começam a surgir os filhos, o que pode ser um tremendo contratempo. "Não temos tempo nem para aquele sexo tranqüilo e descontraído, pois no melhor da festa, aquela coisinha começa a chorar...".

Ele chega do trabalho, e a encontra toda descabelada, irritada com os problemas do cotidiano, ele por sua vez, vem irritado com seu chefe, com problemas de seu serviço, com o trânsito infernal, com as contas a pagar. Quem não sabe quais são os problemas do dia a dia?

Existe clima para romantismo? Pode existir romantismo nessas condições? Se encararmos friamente a questão, realmente será impossível. Mas é preciso que algo seja feito, pois o amor continua latente, apenas encoberto pelo clima que vai se criando, por essa rotina desgastante que irrita a ambos, e pode causar problemas.

Contudo, se dialogarem um pouco, desse caos sempre poderá se criar alguma coisa, o que terá de ser um esforço mútuo. Ambos deverão se lembrar de como era gostoso e aconchegante antes.

Ela está atarefada e azucrinada, mas, sabendo a que horas o marido vai chegar, sempre poderá dar, quando não, uma ajeitadinha no cabelo, uma maquiagem leve, um sorriso, mesmo que amarelo... Enfim, ser um pouco sedutora. Afinal, o parceiro já foi conquistado, mas a conquista precisa ser mantida. Principalmente, quando chega em casa, pois qualquer um gosta de encontrar um ambiente melhor do que o do serviço, mais desanuviado, e não carregado e cheio de reclamações.

Por outro lado, ele deverá deixar na porta (do lado de fora), as preocupações e os problemas que encontrou lá fora.

Não levar para dentro de casa o pacote completo. Por que não levar um vaso de flores, ou ramo de rosas, como fazia antigamente? Ela passou de namorada para esposa, mas ainda gosta dessas coisinhas, e sente falta. Há que se considerar que SEMPRE ela será a namorada. É importante manter esse clima de namoro, mesmo depois alguns anos de vida em comum.

Claro que essas atenções não devem ser unilaterais. AMBOS devem encarar a coisa dessa maneira. É muito mais difícil e complicada a manutenção da conquista, do que ela propriamente dita.

Quando um dos parceiros notar que o outro está "pisando na bola", ao invés de agredir, dizendo que antes era assim, e agora é assado, deve chamá-lo para uma boa conversa, bem calma e tranquila, sem brigas e nem agressões, apenas expondo como a coisa está, e como gostaria que fosse.

Diálogo, crianças, é a melhor arma para combater o virus da indiferença que infecta grande parte dos casamentos de hoje. E respeito, muito respeito, e deve ser mútuo.

Essa é uma das melhores maneiras de fazer com que um relacionamento seja duradouro, e que os parceiros sejam "Eternos Namorados...”

E é preciso tão pouco... Carinho, atenção, ROMANTISMO.

Sempre é preciso dizer ao pé do ouvido de seu amor: EU TE AMO... Bem sussurrado... Bem gostoso... Bem suave. E sempre, mesmo depois de muitos anos de união, olhar bem nos olhos, e dizer com sinceridade: EU TE AMO HOJE... MAIS DO QUE ONTEM... MENOS DO QUE AMANHÃ...

E sejam felizes, tendo, é claro UM LINDO DIA...


Marcial Salaverry
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