domingo, 19 de julho de 2009

ANALISANDO A INSEGURANÇA MASCULINA

ANALISANDO A INSEGURANÇA MASCULINA
Marcial Salaverry

Falar em insegurança masculina, parece ser palavrão para os machistas de plantão, contudo, tenho notado que atualmente, os homens começam a ficar assustados ante a perspectiva de assumir um compromisso mais sério, talvez por comodismo, talvez por receio, preferem levar a coisa mais na "flauta", preferindo "ficar" do que realmente ficar.

Só que não estão entendendo que as mulheres não estão mais para brincadeira. Estão mais interessadas em quem as respeite como mulheres, como companheiras, e não apenas como objetos de desejo descartável, só destinadas ao sexo. Conheceu, beijou, transou, e baibai...

Tal desencontro vem ocorrendo geralmente com os homens que vão entrando na casa dos "enta". Nessa faixa etária, vem ocorrendo um fenômeno curioso, pois existe dois tipos distintos, destacados abaixo:

SOLTEIRÕES: Esses, geralmente por imaturidade, preferem continuar levando a vida descompromissada de barzinhos, e de intermináveis bate papo com os amigos. Muitas vezes encontram garotas com as quais chegam a ter vontade de assumir algum compromisso, mas procuram superar esses momentos de "fraqueza", pois além de seu comodismo natural, existe a pressão dos amigos que não querem perder o companheiro de farras. Ele reluta entre ser chamado "babaca" por eles, topando o compromisso, ou então deixar passar e perder aquela que poderia ser sua companheira efetiva pelos anos afora.

Além do que, ficam com o tradicional medo de largar essa vida livre, e assumir o compromisso, perguntando-se: "e se depois as coisas não derem certo?" Aí ele fica "no desvio" sem os amigos e sem a companheira sonhada. Só que, se nunca tentar, nunca vai saber se poderia ou não ter dado certo. Dizem que a felicidade só bate uma vez à porta. O caso é saber identificar a batida, para saber se é ela que está lá doidinha pra entrar, ou se poderá ser uma "furada".

Essa indecisão por vezes custa caro, custa a oportunidade de ser feliz.

DESCASADOS: Aqueles que se casaram cedo. Por uma razão ou outra, casaram-se cedo, mas se essa união não dá certo, e o casal se separa, fica o trauma da separação prematura. Fica o medo de assumir novo compromisso e não dar certo de novo. Nesses casos, então a insegurança domina completamente as idéias masculinas. Que fazer? Perguntam-se, sem ter coragem de tomar uma decisão.

Uma coisa interessante, é que esses nossos heróis, por vezes se sentem especialmente atraídos por um certo alguém que surge à sua frente. Que fazer? "Gosto dela. Acho que poderia ser a mulher de minha vida." Mas e se não for? Nessa dúvida cruel, nessa insegurança enorme, procuram ir "empurrando a situação com a barriga", mantendo a moça em suspenso. Não a assumem, e nem querem largá-la. Ela tolera a situação por algum tempo, até que dá um ultimato, tipo "ou vai ou racha". E na maioria das vezes, acaba rachando...

Ele fica indeciso e "pede um tempo". Ela dá esse tempo, separam-se e ela continua vivendo, saindo, considerando-se livre. Afinal, ele pediu um tempo para pensar. Só que nosso herói continua indo aos mesmos lugares em que sabe ela estar, e fica vigiando, para ver se encontra outro...

Seria cômico, não fosse trágico. Encontra uma pessoa de quem gosta, mas não se decide. Não a assume, mas não quer que ela arranje outro. Então amigo, se gosta dela, vá em frente. Tente. Se não der certo, sempre se pode tentar novamente. Se quebrar a cara, procure consertá-la. Fazer o que? A vida é feita de riscos, se não os corremos, não perderemos, mas tambem não ganharemos.

Não tenham dúvidas de que mais tarde, poder-se-á lamentar tanto o fato de ter tentado, como de não ter tentado.

Mas, podem ter certeza de que a idéia de ter deixado passar a oportunidade de ser feliz vai marcar muito mais no futuro do que uma tentativa que não deu certo.

Principalmente se souber que "aquele" alguém hoje é feliz ao lado de outro, e os copos de chopes com os amigos sobreviventes continuam sendo esvaziados, junto com a alma, totalmente vazia. Valeu a pena ter pedido "aquele tempo"? Não teria sido melhor se deixasse a covardia, e a insegurança de lado e tivesse se arriscado a quebrar a cara? Agora é tarde para lamentar, meu amigo. A oportunidade chegou, sorriu, e não foi entendida e nem atendida.

Esperando que uma nova oportunidade surja, fica o desejo de UM LINDO DIA.

Marcial Salaverry
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